Liberdade

Juliana Oizerovici
2 min readMar 18, 2024

Nunca fui menina que gostou de ser obrigada a nada, sigo sendo uma mulher que não gosta. Certas coisas nunca mudam, outras sim, ainda bem. Não sou a mesma faz tempo, na verdade, estou em veloz e constante mudança – tipo uma metamorfose ambulante; por isso fico chocada com pessoas que se recusam a mudar, a evoluir. Fazem isso com maestria, deixando tantas oportunidades para trás, como se a vida tivesse tempo ilimitado.

Agora com 31 anos, ja nao acho que a vida é eterna e o presente é o que tenho nas maos e a melhor coisa que faço é entender que posso alcançar meus objetivos pessoais e coletivos através das escolhas que faço. Escolhas essas que me levaram para lugares de dor, experiência, viagens, amores e assim vai. Experiências que me levaram a muitos descobrimentos, desbravando a mim mesma. Conselhos nao adoantam, temos que passar pelas experiências e pelo que a vida nos reservou com cautela, destinando o necessário para nosso desenvolvimento.

Hoje tenho certeza que precisei passar por cada um dos percalços que viver e sou agradecida por eles. Pois durante muitos anos so conseguia me punir sem conseguir mudar de direção. As vezes acho que existe no ser humano um certo gostar do papel de vitima, nao que seja mais facil, mas é mais cômodo. É mais facil terceirizar a culpa do que assumir a responsabilidade, mas é infinitamente mais gratificante. Hoje sei e me aposso da minha luz – nossa como ela é forte. Exatamente do mesmo tamanho que minhas sombras, que sao tantas – ainda bem! Não sou mada chata, nada óbvio, nada simples. Nao mudaria nada em mim, estou gostando de me conhecer, sinto, na verdade, ter demorado muito tempo para começar.

‘Nunca é tarde’, é verdade! Mas que alivio e coramgem poder viver da minha maneira aos 30 anos.

Ao melhorar de forma individual contribuo para melhorar o coletivo. Embora eu ame viver, nao vim a esse mundo a passeio.

Ganhei minha liberdade ao me conhecer. Eu mesma me trancava em gaiolas, a chave sempre esteve em minhas mao, mas me faltava coragem de encarar os olhos sem óculos. Estou faminta pela vida e nao consigo pensar em dispersar tempo. Hoje sei dos impactos das minhas escolhas e aprendi a assumir a auto responsabilidade.

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